segunda-feira, 29 de março de 2010
Adeus, Lia!
sábado, 27 de março de 2010
Incoveniências
Na tentativa de manter o nível da sexta no sábado, resolvi ir de vez naquela que seria a minha segunda cervejada na lama. A experiência da primeira fora boa, somado ao fato de querer um final de semana diferente, não havia motivos para não ir. E lá fui eu.
Mais uma vez, não sobrevivi limpo por 5 minutos sequer.Dessa vez uns calouros fizeram o favor de me sujar tão logo eu cheguei. Entrei na brincadeira e aproveitei bastante a festa, gostei sem dúvidas. Não me arrependo de ter ido. Encontrei com muitos conhecidos, conversei bastante, aproveitei. Porém (como sempre um porém), ficava o tempo todo com a sensação de que faltava 'algo'. Sabia exatamente o que era e a falta que fazia. Por mais que tentasse suprir essa ausência, não adiantava, a tristeza batia, como se quisesse lembrar a todo instante.
O fato é que, goste ou não, seguir na vida nesse instante significa ter que conviver e aprender a lidar com essa 'falta', por mais difícil que seja. Venho me esforçando pra isso, e pela primeira vez acredito ter conseguido. Não plenamente, claro, pois já seria querer demais. Mas já considero um largo passo para seguir em frente. Por conveniência, por hora fica melhor não dizer o que faltava: seria incoveniente.
Acabou a festa. Mais uma cervejada pra conta, e alguns dias pra curar os arranhões e marcas deixados pelas brincadeiras no barro.
Durante a noite ainda tiver o prazer de ver Dourado vencer um paredão quase épico contra Dicesar (mais de 125 milhões de votos!), e na sequencia a formação do último paredão dessa edição.
E dessa forma se sucedera o sábado. Convenhamos, inconvenientemente conveniente.
sexta-feira, 26 de março de 2010
3 anos de EPR 2007!!! 3 anos em Viçosa!!!
quarta-feira, 24 de março de 2010
E você, o que é?
O milho de pipoca não é o que deve ser. Ele deve ser aquilo que acontece depois do estouro.
O milho de pipoca somos nós: duros, quebra-dentes, impróprios para comer.
Mas a transformação só acontece pelo poder do fogo. Milho de pipoca que não passa pelo fogo continua a ser milho de pipoca, para sempre.
Assim acontece com gente. As grandes transformações acontecem quando passamos pelo fogo. Quem não passa pelo fogo fica do mesmo jeito, a vida inteira.
São pessoas de uma mesmice e uma dureza assombrosas. Só elas não percebem. Acham que é o seu jeito de ser. Mas, de repente, vem o fogo.
O fogo é quando a vida nos lança numa situação que nunca imaginamos. Dor.
Pode ser o fogo de fora: perder um amor, perder um filho, ficar doente, perder o emprego, ficar pobre.
Pode ser o fogo de dentro: pânico, medo, ansiedade, depressão, sofrimentos cujas causas ignoramos.
Há sempre o recurso do remédio. Apagar o fogo. Sem fogo, o sofrimento diminui. E com isso a possibilidade da grande transformação. Pipoca, fechada dentro da panela, lá dentro ficando cada vez mais quente, pensa que a sua hora chegou: vai morrer.
Dentro de sua casca dura, fechada em si mesma, ela não pode imaginar destino diferente. Não pode imaginar a transformação que está sendo preparada. A pipoca não imagina aquilo de que ela é capaz.
Aí, sem aviso prévio, pelo poder do fogo, a grande transformação acontece: Bum! E ela aparece como uma outra coisa completamente diferente, com que ela mesma nunca havia sonhado.
Piruá é o milho de pipoca que se recusa a estourar. São aquelas pessoas que, por mais que o fogo esquente se recusam a mudar. Elas acham que não pode existir coisa mais maravilhosa do que o jeito delas serem. A sua presunção e o medo são a dura casca que não estoura. O destino delas é triste. Ficarão duras a vida inteira. Não vão se transformar na flor branca e macia. Não vão dar alegria a ninguém. Terminado o estouro alegre da pipoca, no fundo da panela ficam os piruás que não servem para nada. Seu destino é o lixo.
E você o que é? Uma pipoca estourada ou um piruá?
Have you ever seen the rain?
I know, it's been comin' for some time
When it's over, so they say
It will rain a sunny day
I know, shinin' down like water
I want to know, have you ever seen the rain?
I want to know, have you ever seen the rain?
Comin' down on a sunny day
Yesterday, and days before
Sun is cold and rain is hard
I know, been that way for all my time
And forever, on it goes
Through the circle, fast and slow
I know, it can't stop, I wonder
I want to know, have you ever seen the rain?
I want to know, have you ever seen the rain?
Comin' down on a glorious day
domingo, 14 de março de 2010
Tá Explicado
É como se de repente tudo fizesse sentido.
domingo, 7 de março de 2010
Tédio
Desde sempre gostei de textos reflexivos, aqueles que de alguma forma mexem com o ego e nos deixam pensativos. Daí a minha profunda admiração por autores e filósofos, e natural que seja a ânsia em conseguir imitá-los. Por vezes fico curioso se meus textos realmente prestam e se teria algum futuro como autor. Acho, porém, que esta curiosidade jamais será satisfeita, pelo menos enquanto mantiver a opção de mantê-los em segredo. Faço-o porquê há um certo preconceito. Escrever ou ler textos do tipo 'é coisa de mulher ou de gay'; prefiro, então, manter-me no anonimato. Mas por hora desabafar escrevendo é mais do que suficiente.
Na maior parte das vezes a inspiração vem como conseqüência de um momento de nostalgia ou de uma tristeza sem motivo aparente. E hoje não foi diferente. Início de período, mais um sábado sozinho em casa. O celular que não toca, o recado que não é respondido; enfim, mais uma vez esquecido. O dia torna-se muito comprido quando se está só, e então a TV, os Seriados e a Internet tornam-se o refúgio (quase) perfeito para não cair no tédio. Porém mesmo quando evito pensamentos depressivos, o simples ato de acessar um site vem mostrar que uma frase pode mudar o humor do dia. E foi em um momento inusitado, pois acessava um site de humor. Uma das 'manchetes' vinha seguida por uma frase de Oscar Wilde. Como o site era humorístico, a frase era dotada de ironia se considerar o contexto. Mas tornando o fato (ou melhor, a frase) isolado, não havia ironia, mas sim um grandioso convite a reflexão. Fiquei meditando a frase, e como conseqüência, mais uma vez não pude evitar o desânimo e o tédio de um final de semana. Até porque considero que esta seja a combinação perfeita para entristecer qualquer um.
Costumo comparar esse sentimento de desânimo e tristeza depressiva a um monstro. Embora adormecido, este monstro tem um sono vulnerável, e pode acordar a qualquer momento. Uma vez despertado, demora a pegar no sono novamente, e pode causar muitos danos, como por exemplo, o desinteresse pela própria vida. E não há palavra que conforte nessas horas. Não resta nada a fazer, senão esperar por dias melhores. E claro, que o tempo passe.
Para Refletir
(Oscar Wilde)