segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Um filme, uma frase (2)

"É engraçado voltar para casa. Tudo tem a mesma cara, o mesmo cheiro. Nada muda. Então nos damos conta de que quem mudou fomos nós." 



Benjamin Button, no filme "O Curioso Caso de Benjamin Button"

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Velhos hábitos


Por muitos anos assisti o Globo Esporte. Mais que um hábito, era um vício. Assim como um islâmico se volta para Meca para suas orações diárias, eu tinha que assistir o programa, custasse o que custasse. Os anos passaram, responsabilidades surgiram e chegou o dia que não foi mais possível assistir GE todos os dias. Aos poucos, ainda substitui os poucos programas que via por informação que buscava na internet. Assistir Globo Esporte, então, tornava-se cada vez mais raro. Novos hábitos.

Nessas férias, no entanto, o costume veio à tona novamente. Não com aquele peso de antes, com direito a ficar tenso caso houvesse qualquer risco iminente que ameaçasse de assisti-lo. Até porque sei que depois poderia vê-lo na integra pelo site do programa. Mas hoje completam 20 dias de fidelidade ao programa esportivo. Boa parte se deve ao tédio excessivo das férias da faculdade e da intermitente paixão pelo esporte, principalmente pelo futebol.

As mudanças do GE foram notórias; as comparações, inevitáveis. Com exceção do horário e de alguns velhos repórteres conhecidos, tudo o mais mudou: vinheta de abertura, apresentadores, quadros e até mesmo a maneira de conduzir o programa. Muito mais atraente, por sinal. Chamadas ao vivo, comentaristas no programa, tabelas de classificação, notícias 100% atualizadas. Em um tempo que noticiários já são quase inúteis para quem tem acesso à internet, o Globo Esporte encontrou sua maneira de sobreviver.

Entre os novos quadros, tive a felicidade de acompanhar “Os Cariocas”, inspirado na série de nome homólogo exibida no ano passado as terças, que por sinal fez muito sucesso. Ao som de “Rio Batucada”, da banda Farofa Carioca, e com a narração que transpira dignidade de Milton Gonçalves, o bem bolado quadro mostrou a história de 12 torcedores dos times pequenos que disputam o Carioca 2011. E apresentou cada figuraça! Teve os velhinhos torcedores do Bangu, o angustiado do Olaria, o revoltado do América... Histórias interessantes contadas na dose certa. Mas o melhor ficou por conta de “O indignado do Madureira”. O episódio mostrou que futebol está no sangue de quem gosta e que não há idade para começar uma grande paixão. Neste caso, um garoto de 14 anos começou a montar uma torcida organizada que já conta com mais de 90 torcedores e acompanham o time ao longo da temporada.

E entre a manhã e a tarde, lá estou eu de novo, firme e forte na frente da TV assistindo Globo Esporte. No fim das contas, essa é apenas mais uma história de nostalgia. Reincorporar o programa na rotina é quase como voltar ao passado e lembrar dos tempos em que eu era feliz e não sabia. Velhos hábitos.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Um filme, uma frase (1)

"Eu nunca gosto de dizer adeus. Mas existe um vento por trás de cada um de nós que nos acompanha pelas nossas vidas. Nunca o vemos, não podemos comandá-lo, nem sequer sabemos o seu propósito. Eu ficaria mais tempo entre vocês, mas esse vento está me levando embora. Vou sentir saudades deste lugar. E vou sentir saudade de vocês. Mas estou satisfeito que o poder que me impulsiona o faz com conhecimento superior daquilo que é melhor, e essa é a minha fé." 
Padre Flynn, no filme "Duvida"

sábado, 1 de janeiro de 2011

Postagem de Ano Novo

Primeira postagem de 2011. Um desabafo, ou melhor, uma lamúria de quem mais uma vez não teve nada para fazer e viu a “virada do ano” na frente da TV.

Seja por costume, porque todos fazem isso ou por qualquer outro motivo, as pessoas comemoram a troca de ano como se fosse algo realmente importante. Não vejo muita graça em fogos de artifício e afins que quase estouram nossos tímpanos. Não vejo graça em ficar olhando para pequenos riscos coloridos de pólvora queimada. Ficar no meio de milhares, quem sabe milhões, de desconhecidos, grande parte com a superstição boba da roupa branca e das roupas de baixo vermelhas, qual a graça? Apenas uma desculpa para preencher o vazio enorme de cada um.

Mas seja lá qual for o porquê, não interessa, não acredito nas superstições, na “rainha iemanjá”, nos trajes e tudo o mais. Que perda de tempo para arrumar, pensar no que pode ou não. E daí se as meias que eu usava às 00:00 de 2011 eram pretas, o tênis era preto, a camisa era verde com cinza e a bermuda era marrom. E daí? A minha vida será terrível ou o que? O verde, o preto, a taça quebrada, comer massa com maionese e beber vinho espumante chocho, qual o significado disso? Meu ano será terrível segundo os astrólogos, numerólogos e pais de santo? Se sim, obrigado, que meu ano seja exatamente assim como vocês dizem. Vai fazer muita diferença mesmo.

O único ponto em comum é o desejo de que todos aqueles por quem guardo um sentimento, muito ou nem tão intenso, mas sempre sincero, tenham em suas vidas as coisas boas que merecem e as coisas ruins pelas quais precisam passar. Que tenham saúde, coragem, discernimento, fé e, principalmente, paz.

Porém, desejo-lhes todos os dias, com a mesma intensidade que desejei em mensagens de celular, de Orkut ou mesmo em oração nessa troca de ano.

Afinal 1° de Janeiro...é só mais um dia!