sábado, 25 de dezembro de 2010

Balanço Geral – um texto sem título

Há um tempo alguém muito especial prometeu escrever um texto para que eu postasse aqui. Pois bem, confesso que a princípio não botei muita fé e até pensei que a promessa não se cumpriria. Mas hoje, para minha surpresa, eis que essa pessoa me surpreende com esse belo texto que segue nessa postagem. Lamento, apenas, que não me deixou creditar o seu nome. Mas tive que aceitar, já que essa era a condição para que eu o publicasse aqui. Fica aqui meus agradecimentos. E um Feliz Natal!

"Há muito prometi escrever um texto para ser publicado no blog de alguém que conheci na faculdade e aprendi a chamar de amigo. Não escrevi antes, não por falta de vontade, mas talvez de "oportunidade". Talvez nem mesmo o meu amigo se recorde dessa minha promessa. É que a vida universitária, embora digam ser a melhor fase da vida, têm sido bastante corrida e me tomado tempo. Apesar disso, em nenhum momento reclamo de ter adquirido uma série de responsabilidades, com as quais aprendi a lidar e que quando fico sem, sinto falta.

Devo dizer que escrever não é minha especialidade e deve ser por isso que admiro tanto aqueles capazes de expressar sentimentos através de conjuntos de palavras.

Também não sei sobre o que escrever e nem como começar ou onde isso vai terminar. Fato é que tentarei deixar as palavras fluírem da minha mente.

Vou escrever sobre o que vier à minha cabeça. Decidi!

Sempre decido rápido. Demoras esgotam minha quase escassa paciência e talvez por essa pressa constante nem sempre posso tomar as melhores decisões. Mas isso também não me incomoda.

É Natal. Eu poderia estar com minha família neste momento. Aliás estou. Estão todos em casa. Tivemos uma ceia de Natal ontem à noite e um ótimo almoço hoje. Recebemos parentes que há muito não víamos. Essa é uma época do ano em que as pessoas se sensibilizam mais e procuram "reestreitar" os laços que, por vezes, estiveram enfraquecidos ao longo do ano que termina.

Na verdade não gosto dessa época do ano. Muita correria e muita superficialidade, mascarada, a meu ver. As pessoas não se importam tanto assim com as outras. Não como deveriam. A essência do Natal têm sido perdida. Festas e presentes no fim do ano não suprem o vazio de relações superficiais oriundas de outras épocas.

Talvez essa seja uma análise fria e pessimista do Natal, que obviamente, tem seu lado bom. É o nascimento de Jesus menino, que floresce dentro de cada um a esperança de um mundo melhor. Aliás, é nessa época que todos planos para o ano que se inicia são refeitos. Que todos os sofrimentos vividos são confrontados com as lições aprendidas e se faz um balanço da vida. E claro, os bons momentos são recordados.

Ano que vem... Quero fazer tanta coisa... Coisas que ainda nem imaginei. Não sei se vai dar tempo ou se vou conseguir. Espero que sim. Sei que nem tudo vai sair conforme minhas intenções, mas faz parte da vida e preciso aprender e entender isso. Quero ter a sensação de ter vivido. Tenho notado a rapidez com que o tempo passa e não quero a sensação de ter vivido "em vão". A propósito, a escassez de tempo pode explicar a superficialidade das relações, que citei anteriormente.

Ao mesmo tempo em que teço uma crítica às outras pessoas, critico a mim, a primeira pessoa que lê este texto. Dia desses recebi um email onde deveria escolher uma caixinha e receber uma frase para reflexão. Logo que li a minha, achei que não fazia sentido ou se encaixava na minha condição. Mas como o óbvio não é óbvio, tive que refletir um pouco, até perceber que era exatamente o que eu precisava saber. Nem lembro direito o que estava escrito, só sei que dizia que ninguém é perfeito e que eu não deveria cobrar de mim uma perfeição que não existe em ninguém. Não que eu espere ser alguém perfeito, mas saber que em algum momento errei ou deveria ter tido uma outra postura me incomoda, me faz sentir bobo, imaturo.

O fato é que eu ainda o sou. Tenho muito que aprender. Uma vida inteira pela frente, como dizem os mais velhos. Tento esconder de mim o medo de um futuro incerto, principalmente no aspecto profissional. Não sei onde vou trabalhar e nem para onde vou. Não conheço as pessoas que farão parte da minha vida e não posso prever o que vai acontecer comigo. Mascarando esse medo tento enxergar a grande oportunidade de crescimento, que precisa de um primeiro passo para começar... E embora tenha medo, sei que o maravilhoso de tudo isso é exatamente toda a incerteza, que faz com que, mesmo não acreditando, estejamos sempre fortes para a vida, para viver...

Por hoje já escrevi o suficiente, mais do que esperava. Achei até legal a experiência.

Enfim...Vem 2011!! Tô te esperando..."


 

Nenhum comentário:

Postar um comentário