quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Salvem a TV!

 
Sempre gostei de números e estatísticas. Não é a toa que faço faculdade de engenharia. Gosto ainda mais de investigação. Aliando números com investigação, temos as pesquisas, para a minha felicidade. É quase um passatempo. Pesquisas sempre têm algo a dizer, e olho com curiosidade os seus resultados. Desde pesquisas de torcida de futebol a pesquisas de censo, sempre gostei de observar os mais variados tipos de gráfico e analisar seus resultados.

Essa semana, enquanto navegava por alguns blogs, encontrei uma bastante interessante, que avaliava o comportamento dos jovens em relação ao uso de internet e TV. Os resultados são preocupantes: a pesquisa mostrou que a TV vem perdendo cada vez mais seu espaço para a internet. Não é tão surpreendente assim, já que tal fato está cada vez mais notório. Muito mais do que uma questão de hábito, é uma mudança de comportamento da sociedade. A televisão, que em gerações anteriores era a grande atração da casa, hoje passa quase que despercebida pelos mais jovens. Muitas vezes é usada apenas para "som de fundo", pouco importa o que se passa ali. Em minha opinião, um afronto e mau uso dessa invenção tão genial.

Quando digo que os resultados são preocupantes, falo como um admirador desse eletrodoméstico. Penso no futuro: se as próximas gerações seguirem o comportamento desta, acredito que a televisão corra o risco de extinção. Ou no mínimo que sofra uma adaptação, com programação flutuante, de horários flexíveis, programas disponíveis para se assistir quando e como quiser. Tudo bem que eu possa estar exagerando e que de certa forma essa nova forma de "fazer TV" já exista por meios dos vídeos do YouTube, além do quê traz mais comodidade. Mas me assusta o fato de uma mudança brusca, desse "quase risco" de não ter mais os meus programas para assistir no sofá de casa. Não vejo com bons olhos a ideia de ter que passar ainda mais tempo na frente de um computador, ou mesmo qualquer outra coisa que possam vir a inventar. Quero que a TV continue tal como ela é.

Fico indignado ainda com a cultura subitamente imposta pelas maiores emissoras ("Plim Plim"), que ofuscam as emissoras menores. Uma injustiça muito grande. Canais de menor expressão não têm nem de longe a visibilidade que merecem. Possuem uma programação muito rica e de conteúdo, que vai desde interessantes mesas-redondas como o Sem Censura, da TV Brasil, e o Roda Viva, da TV Cultura, até programas de esporte, como o Cartão Verde também da Cultura e uma rica programação infantil, desses mesmos canais. Sem contar a vasta gama de documentários da TV Escola, sobre os mais diversos animais do planeta, sobre diferentes culturas, ou até mesmo sobre a ciência do corpo humano, entre outros. Mas não fica por aí: mesmo os canais mais conhecidos têm excelentes programas que muitas vezes não tem a audiência merecida. É o caso do jornalismo investigativo do "Conexão Repórter", apresentado por Roberto Cabrini no SBT, e "A Liga", sensacional programa comandado por Rafinha Bastos e companhia, da Band.

Mas enfim, não estou aqui para pagar de Rooben Hood e fazer propaganda dessas emissoras. Não hoje. Estou aqui para alertar: lentamente e de maneira quase que imperceptível, estão matando a TV! Talvez seja conservadorismo. Mas o fato é que não troco por nada assistir minha boa e velha TV no confortável sofá. Principalmente se estiver chovendo. Força do hábito. Por isso, fica aqui meu apelo: salvem a TV!

Nenhum comentário:

Postar um comentário